Feleex

24 de março de 2011

Metáforas

Impulsivo e chorão, me lembre de anotar isso quando chegar em Brás Cubas, para que eu não cometa de novo os mesmos erros, e estrague tudo de novo. A preparação para o dia sonhado caiu por terra, a "entrevista" não irá mais acontecer, e meu cargo não será mais ocupado por ninguém, e a resposta deve continuar sendo "Não" quando for questionado sobre.
Juro que tentarei não sofrer com todas as facadas imaginarias que estão sendo apunhaladas no meu peito, e juro que tudo ira ser melhor quando o furacão finalmente for embora, e podermos sair deste porão escura e ver a luz do dia novamente. Ou pela primeira vez...
Me perdoe por ser eu, me perdoe pela falta de alguns órgãos vitais para uma segunda vida, me perdoe pela mediocridade nas palavras, e pela insanidade dos sonhos frágeis, que nos últimos dias invadem meu sono como grandes Catocalas se infiltrando em uma flor Silvestre.
"Metáforas, metáforas e mais metáforas, hey garoto estranho, será que você não poderia ser mais objetivo, suas historinhas cansam todos os espectadores das suas crônicas faladas centenas de vezes por dia, alias garoto, você fala demais".
Só lamento pela culpa, se minha cabeça pode ser uma caixa de asneiras e loucuras, o que mais posso fazer? Se me faltar argumentos, irei atrás de velhos novos argumentos, nada do que irei dizer, nunca foi falado. Ou será que serei inédito? Gostosuras ou Travessuras?
Não chega na parte do sonho em que a casa tem uma ou duas crianças, e eu olho para elas com carinho, até que vem alguém e me acorda de maneira brutal, dizendo com palavras sinônimas, que o garoto não é importante, e que sonhos são apenas sonhos.
Me conformo em viver num mundo de sonhos e de Catocalas gigantes em flores Silvestres, quem sabe uma hora eu ganho na Loteria do além, e receba um premio acumulado de 1.000.000,00 de sonhos insanos para realizar.
Mas mesmo com todos esparsos sobre a minha cabeça, hoje eu estou feliz. A pergunta mais esperada foi feita.
Eu Aceito...

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Mto tempo sem postar!, Valew pessoal pelas visitas, e muito obrigado pelos comentários de incentivo!
Bjos Feleex





22 de janeiro de 2011

FELICIDADE?!

Por algumas vezes na vida pensar como um dia a felicidade bateria na minha porta foi algo que me intrigava, eu não sabia exatamente o que me faria feliz, não sabia se seria uma carreira de sucesso, encontrar o grande amor da minha vida, ou ganhar na loteria e ficar milhonario. E pensando bem não é algo que me intrigava, é algo que me intriga até hoje.
Não saber a decisão certa, o caminho certo, não saber qual é a hora certa de se sorrir ou chorar, de se recuar ou lutar, pontos que fazem a minha cabeça dor.
A grande questão de hoje, que me fez estar aqui, em plena madrugada de sexta para sabado digitando esse texto que poucas pessoas iram ler é a seguinte: O que me falta para ser feliz?

30 de agosto de 2010

Conclusões sempre soam como perdições para quem me rodeia e não me conhece de verdade, resolvi a pouco tempo atraz não me importar com esse tipo de situação, mas sempre tem alguem que consegue me destruir por dentro com uma dessas.
A falta das palavras certas sempre foi algo que me apedrejou durante minha curta vida de 18 anos, e ainda busco uma solução sensata e sadia para isso. Sentimentos engolidos, dores insuperadas, passados a tona, sera que isso uma hora vai passar?

15 de julho de 2010

O ultimo encontro


O avistei de longe, ele estava sentado em uma pedra proxima ao rio, olhando para o nada a sua frente. Fui me aproximando sutilmente para não quebrar o silêncio delicado que se estendia enquanto observava o parque em volta. Sempre achei aquele lugar bonito, foi ali que senti as melhores sensações da vida, foi ali que ele me tocou pela primeira vez, e foi ali que senti seus labios quantes se encaixarem aos meus quando não tinha motivos para continuar vivendo. Mas hoje ele estava triste, a tarde estava escura, o céu estava encoberto, nuvens negras de chuva passavam sobre nossas cabeças. Foi dificil pensar nesses detalhes enquanto andava em seu encontro, em meio a esse cenario de momentos felizes.
Quando finalmente cheguei ao seu lado lhe toquei o ombro, ele levantou a cabeça, e pude enxergar seu sorriso se abrindo aos poucos com ar de tristeza. Ele fez um gesto com a cabeça para que eu me sentasse ao seu lado, o obedeci.
- E ai? Como esta? - Ele quebrou o silêncio...
- Estou bem, melhor agora - Respondi com um meio sorriso falso.
Ele bufou, como se fosse errado estar bem por estar ao seu lado, o que não passava da mais pura verdade.
- É dificil fazer isso... - Ele olhou para mim com frieza.
- Se é dificil por que você esta fazendo?
- Por que é o certo, isso que estamos fazendo esta errado, não podemos continuar!
Olhei seus olhos sem emoção, e abaixei a cabeça. O que eu menos queria no momento era encara-lo de frente. Apesar de ser inevitavel.
- Você tem que fazer o que for melhor - Ele me falou levando minha cabeça segurando no meu queixo.
Empulsinei o corpo pra frente ao encontro dos seus labios, mas fui enterrompido pela sua inaprovação. Ele se virou.
- Não fassa isso! - Ele me disse com amargura, fechando a cara.
- Você me falou para eu fazer o que for melhor... Você é o melhor pra mim, eu te amo! - Disse sentindo gotas brotarem dos meu olhos e escorrendo pelo meu rosto.
Ele não resppndeu, ficou em silêncio enquando eu sentia o mundo cair sobre a minha cabeça. Não conseguia imaginar minha vida sem ele, o amava mais que qualquer outra coisa. Era como se o mundo tivesse parado, nada se movia, o que eu mais queria naquele momento era que aquela dor ensuportavel sumisse.
- Não acha melhor então fazer aquilo que eu havia proposto anteriormente? - Perguntei sem expressão de choro, limpando minha face e secando as minha lagrimas.
- Não! Isso não! - Sua expressão de panico me fez pensar em parar, mas não podia, a verdade doia, e a sentença ja estava dada.
- Se eu não posso te-lo eu prefiro isso, que seja rapido, e menos indolor do que sinto no coração - Sentia as palavras sairem da minha boca como um sopro, e não sabia se ele estava perto o suficiente para escutar.
- Eu não posso fazer isso! - Ele me olhava com cara de assustado, mas pude ver que nada sentia em relação a minha escolha. Que seu medo era do ato, e não de me perder.
Olhei fundo para o rio a nossa frente, me levantei, abri a bolça que carregava sem muita pressa, e de dentro tirei aquela que seria a culpada do meu fim.
- Guarda isso! Eu não irei fazer nada!
Minha dor se resumiu a um sorriso de tristeza, o vento batia no meu rosto, e pude sentir os primeiros pingos da chuva. O peso da espada em minhas mãos perecia dobrado pela minha fraqueza.
- É a minha escolha - Disse sem demostrar a dor que sentia.
Sua expressão era de terror, ele continuava sentado na mesma posição, mas seus olhos estavam arregalados, seu medo era evidente. Abri os botões da minha camisa deixando meu paito a mostra. Coloquei a ponta da lamina sobre a pele, e lhe entreguei o punho. Ele pegou sem expressão. Como se ja estivesse preparado para aquilo
A chuva começou a cair.
- Não... - Ele dizia sem emoção - Eu não posso fazer isso...
- É o melhor para todos, se você não fizer isso serei o peso da sua vida. Acabe logo com isso - Minhas palavras ecoaram, enquanto sentia a lamina furar minha pele...
O relampago no céu clareou seu rosto molhado, e pude ver sua frieza, aquela sensação de perda era pior que tudo eu poderia ter passado na vida. Forcei o corpo para frente, sentindo a dor da espada entrando no meu peito.
- Eu só queria ser feliz com você...! - Minha voz era um grito de dor misturado ao choro. Era como se nada fosse pior ao fato de não ser capaz de lhe fazer feliz.
- Você pode ser feliz sem mim! - Sua resposta doeu mais que o corte no peito.
Enclinei o tronco e olhei para o chão, a agua da chuva batia em meu corpo e descia vermelha ao encontro do rio. Levantei a cabeça para lhe olhar mais uma vez no rosto, ele se mantia firme, não demosntrava dor, muito menos remorço.
Dei mais um passo, o meu ultimo da vida, senti a lamina cortando minhas pulsações, e o gosto de sangue na boca. Estavamos frente a frente, até que cheguei a sua boca, e lhe dei um leve beijo. Ele me retribuiu, seu beijo era era doce, macio, quante. Era meu ultimo, quiz sentir cada ponto, até que finalmente me afastei.
Não tinha mais forças, deixei o peso do corpo cair ao chão, agora era o fim, nunca havia sentido medo da morte até aqui. Ele continuou em pé me olhando, com cara de piedade, e eu ainda tive esperanças que ele tivesse se arrepndido.
- Eu te amo! - Foi o que consegui falar em meio a dor e o frio, ele não respondeu, permaneceu em silencio.
Outro trovão brotou no céu, olhei em volta, e ali estava o parque, aquele que foi cenario de todo o meu amor, agora sendo cenario do meu fim. Senti meu corpo se apagando, fechei os olhos.

10 de julho de 2010

Praça Coronel Fernando Prestes

Mais uma vez andando sozinho por qualquer lugar do mundo, qualquer avenida, qualquer beco imundo que essa cidade suja e só possa me oferecer. E lá estava eu, sentado naquele banco de qualquer praça, com nome de qualquer defunto que tenha feito algo de util na vida em plena madrugada. Coronel Fernando Prestes, quem sera que esse foi? Alguem que tirou a vida de algum corrupto, ou derrubou enjustiças? Pesquisarei depois. (Na verdade não me lembrarei daqui a 5 mintos que pensei nisso)
A madrugada sempre foi minha amiga, nos damos bem desde que eu me entendo por gente, e não sofro em espera-la, na verdade ela sempre chega com muita facilidade. E disso tiramos uma cena que se repete sempre: a madrugada, o banco frio quase umido pelo sereno, as lagrimas e a solidão.
Se eu tivesse juizo pensaria que algum policial poderia passar, me enquadrar pensado que eu sou mais um viciado em drogas, ou algum ladrão pra levar meus trocados que tenho no bolso. Mas meu medo no momento é que nada disso passe, que ninguem apareça e que nada tenha sentido quando o dia finalmente clarear.
Está frio, estamos em julho, sinto o vento rasgar meu rosto, as lagrimas escorrendo faz tudo parecer mais frio e mais triste. De vez enquando algum carro passa, mas ninguem a pé. É madrugada de sabado para domingo, isso quer dizer que pode ser um bando de jovens desmiolados, drogados e bebados voltando de qualquer inferninho que exista porai.
Me mantenho encolhido, com a cabeça entre os joelhos, não vejo nem a cor desses carros, e muito menos quem esta dentro deles, só ouço o barulho do motor, misturado ao som de algumas vozes abafadas de risadas e orgias.
Alguns detalhes que me fazem esquecer o real motivo de estar ali sozinho, o motivo que me tira da cama e me fazer andar feito um zumbi pelas ruas dessa cidade imensa. Tantos "porques", tantos pontos de interrogação, pontos que sempre me fazem chegar ao memso lugar. Mas nada emporta.
Ainda consigo ouvir o ruido da musica que sai dos fones de ouvidos caidos sobre meu colo, a voz forte de Tarja Turunen torna tudo mais melancolico, "I Walk Alone", chega ser comico por fazer sentido, sinto um sorriso triste e rapido se abrir no meu rosto, como se minha tristeza fosse engraçada.
Um carro parou aqui na minha frente, ouço vozes alteradas por raiva. Devia sentir medo, mas nem levantei a cabeça para ver, fiquei simplismente ouvindo:
- Droga, você não podia ser menos imprudente? Será que você não percebe que pode nos matar? - Uma voz masculina, não muito velha, as duas perguntas ecoaram sem uma resposta, o que pude ouvir somente foi o som da porta do carro se abrindo e fechando, alguem havia saido.
- Douglas! Volta aqui - Foi a mesma voz de antes, agora meio abalada pela situação. - O que você vai fazer?
- Voltem sem mim - Finalmente Douglas respondeu - Vou andar um pouco, esfriar a cabeça.
Ouvi seus passos vindo na minha direção, o que me fez me encolher mais.
- Cara, você tá louco? - Mais uma pergunta sem resposta.
Douglas sentou ao meu lado, não olhei, nem levantei a cabeça, mas pude sentir seu peso no banco.
- Vá embora, me deixe em paz - A voz de Douglas era triste - Eu vou ficar bem.
Era como se tudo tivesse parado, os agudos da musica que eram um ruido longe, se tornaram ensurdecedores para mim, tudo fazia barulho de mais, e atrapalhava ouvir a conversa alheia.
Demorou um ou dois minutos, até que o carro arrancou e saiu, pude ouvir um suspiro do meu lado, meio tremulo como se fosse de um choro. Criei coragem e levantei a cabeça, meus olhos em carne viva pelas horas e mais horas de choro dificultaram a visão, não pensei muito em esfregalos para deixar mais nitido o rosto do rapaz, como minhas mãos estavam geladas, tremi. Ele não olhava para mim, estava de olhos fechados, era branco, usava um corte de cabelo no estilo raspado, um cara realmente bonito, usava uma calça jeans escura, um moleton vermelho, e um All Star classico. Pude ver gotas salgadas brotando dos seus olhos, e escorrendo pelo seu rosto, não que a luz amarelada dos postes ajudassem muito.
Ele abriu os olhos, ficou olhando para um ponto fixo a sua frente por alguns segundos, depois virou para a minha direção. Nossos olhares se encontraram, o que me fez abaixar a cabeça rapidamente. Os segundos que fiquei com a cabeça abaixada pareciam horas, até que voltei a levanta-la e olhar para Douglas, que continuava olhando para mim.
- Olá - Disse ele com um sorriso triste quando percebeu que eu estava olhando de novo - Tudo bem?
- Poderia estar melhor... - Respondi com tristeza e sarcasmo.
- Hum... - Seus olhos se apertaram, como se ele estivesse pensando e engolindo minha resposta - Me chamo Douglas.
- Eu sei - Respondi como se fosse obvio demais - Me chamo Félix.
Ele estendeu a mão em minha direção, pensei tempo demais até comprimenta-lo. Sua mão estava quente, entrando em um contraste absurdo de temperatura com a minha, que parecia um Ice Bearg.
- Prazer - Falei monotonamente. Larguei sua mão e coloquei no bolso.
Se passaram alguns instantes de silêncio, até que finalmente ele quebrou o cristal.
- Não acha perigoso estar na rua até essa hora?
- Você não acha? - Respondi.
- É, realmnte perigoso. - Ele respondeu com ar de deboche, rindo da minha cara. - Mas acho que nós somos o perigo da noite.
Pensei por um segundo, fazia sentido o que ele tinha dito, nos eramos os mal encarados no meio de São Paulo as 3 da manhã.
- Você tem razão - Senti vontade de rir, mas me segurei, o que me fez ficar com cara de idiota.
Douglas ao contrario caiu na gargalhada, minhas pernas se quebraram, e eu o acompanhei com a risada. Estranho, rir com um cara que eu acabei de conhecer, a menos de 5 minutos, da maneira mais clichê que eu poderia imaginar.
Dali se estendeu uma conversa, fazia tempo que eu não falava da minha vida tão abertamente para alguem como fiz naquela noite. Falei, ouvi, demos boas risadas, a vida é engraçada com esse cara, ele torna coisas tristes em coisas engraçadas. Gostei da pessoa de Douglas. O dia ja estava quase amanhecendo quando deparamos que ja era quase 6 horas da manhã, estava na hora de ir embora. Lamentei a noite não ser mais comprida, e pesei ter que me despedir do meu novo amigo.
- Bom, "é hora de dar tchau" - A frase soou comica com sua enterperetação de Teletubes, sorri por um instante.
- "Tchau!" - Entrei na brincadeira infantil e respondi na mesma tonalidade. Rimos.
Levantamos finalmente do banco. Ficamos em pé olhando um para a cara do outro por um longo segundo, até que Douglas veio em minha direção e me abraçou, o que me fez travar por um instante, mas logo retribui.
O mundo parou, os carros que ja rodavam a aquela hora da manhã não faziam mais barulho, o abraço de Douglas era quente e aconchegante, não tinha malicia, não senti em nenhum moneto atração carnal de ambas as partes, foi um abraço de amigo, como se já nos conhecessemos a varios anos, não demorou muito para que aquilo se tornasse gay demais para continuar. Nos afastamos.
- Obrigado pela companhia - Falei sentindo meu rosto corar.
- Eu quem agradeço - Ele respondeu rindo, percebendo que eu estava sem graça.
Fomos embora, sem não antes trocar contatos, e seguimos cada um para seu lado.
Enquanto caminhava em direção a estação de metro, tentei achar o ponto que me entristecia, e não o localizei. Foi bom ter conhecido Douglas, ele me fez ver que mesmo que tudo possa estar errado, sempre podemos arrumar uma maneira de melhorar.
Voltar pra casa de maneira oposta a que eu sai foi legal, é foi uma noite mais que agradavel. Não fui morto por nenhum traficante, e não apanhei de nenhum policial pensando que sou o traficante. Ao contrario, conheci um cara incrivel. Acho que estou mais feliz... ou menos triste...

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Caraca... Helen Aparecida dizendo que eu escrevo bem, acho que estou melhorando hein... rs
Valeu Helen por ser mais um motivo de inspiração, você é D+
Denny, saudades, quero muito te ver para enchermos a cara com um vinho barato em qualquer boteco que acharmos.
Gabi Mamis, você sabe que eu te amo né sua coisa... Vou voltar pro Rio Grande do Sul só pra irmos a um karaokê e nos esbaldarmos definando...
Abrigado a todos que visitam e gostam!