Feleex: O ultimo encontro

15 de julho de 2010

O ultimo encontro


O avistei de longe, ele estava sentado em uma pedra proxima ao rio, olhando para o nada a sua frente. Fui me aproximando sutilmente para não quebrar o silêncio delicado que se estendia enquanto observava o parque em volta. Sempre achei aquele lugar bonito, foi ali que senti as melhores sensações da vida, foi ali que ele me tocou pela primeira vez, e foi ali que senti seus labios quantes se encaixarem aos meus quando não tinha motivos para continuar vivendo. Mas hoje ele estava triste, a tarde estava escura, o céu estava encoberto, nuvens negras de chuva passavam sobre nossas cabeças. Foi dificil pensar nesses detalhes enquanto andava em seu encontro, em meio a esse cenario de momentos felizes.
Quando finalmente cheguei ao seu lado lhe toquei o ombro, ele levantou a cabeça, e pude enxergar seu sorriso se abrindo aos poucos com ar de tristeza. Ele fez um gesto com a cabeça para que eu me sentasse ao seu lado, o obedeci.
- E ai? Como esta? - Ele quebrou o silêncio...
- Estou bem, melhor agora - Respondi com um meio sorriso falso.
Ele bufou, como se fosse errado estar bem por estar ao seu lado, o que não passava da mais pura verdade.
- É dificil fazer isso... - Ele olhou para mim com frieza.
- Se é dificil por que você esta fazendo?
- Por que é o certo, isso que estamos fazendo esta errado, não podemos continuar!
Olhei seus olhos sem emoção, e abaixei a cabeça. O que eu menos queria no momento era encara-lo de frente. Apesar de ser inevitavel.
- Você tem que fazer o que for melhor - Ele me falou levando minha cabeça segurando no meu queixo.
Empulsinei o corpo pra frente ao encontro dos seus labios, mas fui enterrompido pela sua inaprovação. Ele se virou.
- Não fassa isso! - Ele me disse com amargura, fechando a cara.
- Você me falou para eu fazer o que for melhor... Você é o melhor pra mim, eu te amo! - Disse sentindo gotas brotarem dos meu olhos e escorrendo pelo meu rosto.
Ele não resppndeu, ficou em silêncio enquando eu sentia o mundo cair sobre a minha cabeça. Não conseguia imaginar minha vida sem ele, o amava mais que qualquer outra coisa. Era como se o mundo tivesse parado, nada se movia, o que eu mais queria naquele momento era que aquela dor ensuportavel sumisse.
- Não acha melhor então fazer aquilo que eu havia proposto anteriormente? - Perguntei sem expressão de choro, limpando minha face e secando as minha lagrimas.
- Não! Isso não! - Sua expressão de panico me fez pensar em parar, mas não podia, a verdade doia, e a sentença ja estava dada.
- Se eu não posso te-lo eu prefiro isso, que seja rapido, e menos indolor do que sinto no coração - Sentia as palavras sairem da minha boca como um sopro, e não sabia se ele estava perto o suficiente para escutar.
- Eu não posso fazer isso! - Ele me olhava com cara de assustado, mas pude ver que nada sentia em relação a minha escolha. Que seu medo era do ato, e não de me perder.
Olhei fundo para o rio a nossa frente, me levantei, abri a bolça que carregava sem muita pressa, e de dentro tirei aquela que seria a culpada do meu fim.
- Guarda isso! Eu não irei fazer nada!
Minha dor se resumiu a um sorriso de tristeza, o vento batia no meu rosto, e pude sentir os primeiros pingos da chuva. O peso da espada em minhas mãos perecia dobrado pela minha fraqueza.
- É a minha escolha - Disse sem demostrar a dor que sentia.
Sua expressão era de terror, ele continuava sentado na mesma posição, mas seus olhos estavam arregalados, seu medo era evidente. Abri os botões da minha camisa deixando meu paito a mostra. Coloquei a ponta da lamina sobre a pele, e lhe entreguei o punho. Ele pegou sem expressão. Como se ja estivesse preparado para aquilo
A chuva começou a cair.
- Não... - Ele dizia sem emoção - Eu não posso fazer isso...
- É o melhor para todos, se você não fizer isso serei o peso da sua vida. Acabe logo com isso - Minhas palavras ecoaram, enquanto sentia a lamina furar minha pele...
O relampago no céu clareou seu rosto molhado, e pude ver sua frieza, aquela sensação de perda era pior que tudo eu poderia ter passado na vida. Forcei o corpo para frente, sentindo a dor da espada entrando no meu peito.
- Eu só queria ser feliz com você...! - Minha voz era um grito de dor misturado ao choro. Era como se nada fosse pior ao fato de não ser capaz de lhe fazer feliz.
- Você pode ser feliz sem mim! - Sua resposta doeu mais que o corte no peito.
Enclinei o tronco e olhei para o chão, a agua da chuva batia em meu corpo e descia vermelha ao encontro do rio. Levantei a cabeça para lhe olhar mais uma vez no rosto, ele se mantia firme, não demosntrava dor, muito menos remorço.
Dei mais um passo, o meu ultimo da vida, senti a lamina cortando minhas pulsações, e o gosto de sangue na boca. Estavamos frente a frente, até que cheguei a sua boca, e lhe dei um leve beijo. Ele me retribuiu, seu beijo era era doce, macio, quante. Era meu ultimo, quiz sentir cada ponto, até que finalmente me afastei.
Não tinha mais forças, deixei o peso do corpo cair ao chão, agora era o fim, nunca havia sentido medo da morte até aqui. Ele continuou em pé me olhando, com cara de piedade, e eu ainda tive esperanças que ele tivesse se arrepndido.
- Eu te amo! - Foi o que consegui falar em meio a dor e o frio, ele não respondeu, permaneceu em silencio.
Outro trovão brotou no céu, olhei em volta, e ali estava o parque, aquele que foi cenario de todo o meu amor, agora sendo cenario do meu fim. Senti meu corpo se apagando, fechei os olhos.

8 comentários:

Garoto Lunático disse...

pochaa kara. Eu lamento.

Feleex disse...

Lamentar? o melhor ´levantar e ir pra cabeça!

Garoto Lunático disse...

aeeeew!

Anônimo disse...

Não qria deixar um comentário, mas me vi obrigado a isso e digo:
"Eu conheço essa história"

Feleex disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Feleex disse...

COMICO... O céu continua nublado pra mim!

Anônimo disse...

"O céu continua nublado pra mim!"


Que pena... =(

Lorde Croowel disse...

Belamente triste.